quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

UM FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO!!!



Amigos e amigas ...

Quero desejar a todos um final de ano maravilhoso. Que todos tenham uma passagem de ano maravilhosa e que lutem para um 2012 melhor que o ano que passou. Que todos se superem nas batalhas do dia a dia, e que a felicidade e o amor sejam constantes!!! Essa época de festas não é só para celebrar, mas também sirva como momento de reflexão, para que todos nós possamos cada vez mais construir um mundo de igualdade e fraternidade. 

Beijos e queijos ...
Carolina Bastos Plotegher

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Terapia Ocupacional: para quem ainda não entendeu o valor dessa profissão!

Olá amigos(as) terapeutas ...

Passeando pelo Facebook achei este texto que foi compartilhado inclusive por diversos colegas de faculdade. Acredito que seja muito bom todos lerem, principalmente quem não é da profissão, para esclarecimentos a respeito do que nós terapeutas somos capazes de realizar.
Eu trabalho em uma cidade no interior do estado de São Paulo, e para esses cantos de cá é muito presente a questão de que as pessoas, como diz a autora do texto, olharem para o "óbvio" e não para o que é "sutil". Para ter uma noção do quanto é grave, prestei um concurso em uma cidade próxima da cidade onde moro e tinha uma questão que perguntava sobre os objetivos da intervenção do terapeuta ocupacional na disfunção física e na alternativa A colocava várias coisas a respeito do uso da atividade no trabalho da TO e no final da alternativa tinha bem bonitinho escrito: ENSINAR ATIVIDADES. Eu, depois de ter estudado 4 anos da minha vida e saber do objetivo da Terapia Ocupacional no caso questionado, rapidamente exclui esta alternativa.
Quando o gabarito foi divulgado e fiquei espantada e perplexa quando vi que a alternativa correta desta questão, para eles era a A!!!! Ai fiquei imaginando: será que todos pensam assim? Porque já me questionaram, inclusive em meu trabalho, se nosso trabalho não é ENSINAR ATIVIDADES. O que será que podemos fazer para mudar esse pensamento? O que nossos representantes podem fazer? Talvez divulgar mais intensamente nosso trabalho?
Leiam o texto da Prof. Angela Maria Cecim de Souza e opinem a respeito, por favor! O que vocês acham das palavras dela? E das palavras que escrevi? Defendam nossa profissão! Eu já estou fazendo minha parte ...

TEXTO: http://www.jornalpequeno.com.br/2007/2/19/Pagina51138.htm

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Terapia Ocupacional em Oncologia


TERAPIA OCUPACIONAL EM ONCOLOGIA
Câncer, Terapia Ocupacional e Cuidados Paliativos

Introdução
            Oncologia é a ciência que estuda o câncer nas suas diferentes formas. Câncer é um conjunto de mais de 100 doenças caracterizada por uma população de células que cresce e se dividem desordenadamente (maligno), sem respeitar os limites normais, invadem e destroem tecidos adjacentes, e podem se espalhar para lugares distantes no corpo, através de um processo chamado metástase. Estas propriedades malignas do câncer o diferenciam dos tumores benignos, que é caracterizada por uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida (PALM, 2007, p. 487).
            A presença do câncer na humanidade já é conhecida há milênios. No entanto, registros que designam a causa das mortes como câncer passaram a existir na Europa apenas a partir do século XVIII. Desde então, observou-se o aumento constante nas taxas de mortalidade por câncer, que parecem acentuar-se após o século XIX, com a chegada da industrialização.
            Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Se o câncer tem início em tecidos epiteliais (pele e mucosas), ele é denominado carcinoma; se começa em tecidos conjuntivos (ossos, músculos ou cartilagem), é chamado de sarcoma (PALM, 2007, p. 487).
            Ao se fazer um diagnóstico e tratamento na área de oncologia, deve-se levar em conta o significado que a vida e a morte tem para o indivíduo, sua história, seus valores éticos, culturais, religiosos, o momento em que isso ocorre, as experiências pessoais e familiares anteriores, o estado emocional, entre outros (PALM, 2007, p. 487-488). Os tipos de tratamento do câncer envolvem:
            1) Cirurgia: é um dos principais tratamentos do câncer. Ela assume duas vertentes na percepção da clientela: de um lado é considerada uma ameaça à vida e de outro, a possibilidade de sua preservação. Dependendo da evolução, localização e das condições clínicas do paciente, podem ocorrer, após a cirurgia, alterações de funções normais, perda progressiva da capacidade funcional e laboral, seqüelas transitórias ou definitivas e, até mesmo, a própria morte.
            2) Radioterapia: tratamento no qual se utilizam radiações para destruir ou impedir que as células do tumor aumentem. De acordo com a localização, ela pode ser feita de duas formas: externamente (teleterapia), quando as radiações são feitas através de aparelhos que ficam afastados do paciente; ou por meio de aparelhos que ficam em contato com o organismo do paciente, e é chamada de radioterapia de contato (braquiterapia). Este tipo de tratamento possui efeitos colaterais que vão depender da dose do tratamento, da parte do corpo tratada, da extensão da área irradiada, do tipo de irradiação e do aparelho utilizado. Os efeitos colaterais mais freqüentemente encontrados são: cansaço, perda de apetite e reações da pele.
            3) Quimioterapia: é um tratamento que utiliza vários tipos de medicamentos que se misturam com o sangue e são levados a todas as partes do corpo, destruindo as células doentes que estão formando o tumor e impedindo, também, que elas se espelhem pelo corpo. Ele é planejado de acordo com o tipo de tumor e o estágio da doença. A partir desses dados são definidos os tipos de drogas e as quantidades a serem utilizadas no tratamento. A aplicação pode ser feita das seguintes maneiras: por via oral, intravenosa, intramuscular, subcutânea, intracraneal (pela espinha dorsal) e tópico (sobre a pele ou mucosa da região afetada). A quimioterapia, assim como a radioterapia, também possui efeitos colaterais. Estes efeitos não aparecem obrigatoriamente, nem de forma igual, em todos os pacientes, uma vez que dependem do tipo de drogas utilizadas e da forma como o organismo responde ao tratamento. São eles: náuseas e vômitos; mucosite; febre; diarréia; alopecia (queda de cabelo); alterações na pele e unha.
            Das diversas causas de morte no mundo, o câncer é a única que continua a crescer independente do país ou continente e, nos países em desenvolvimento, é atualmente responsável por uma entre dez mortes (SILVA, HORTALE; 2006).
            Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), citado em Silva e Hortale (2006), ocorre anualmente em todo o mundo mais de 10 milhões de casos novos e 6 milhões de mortes por câncer. Cerca de 4,7 milhões de casos novos ocorrem nos países economicamente desenvolvidos, enquanto 5,5 milhões ocorrem nos países economicamente menos desenvolvidos. Nos países desenvolvidos o câncer se apresenta como a segunda causa de morte por doença, enquanto que nos países em desenvolvimento como terceira causa nesta categoria.
            Atualmente o câncer é responsável por 12% de todas as mortes no mundo. Em aproximadamente vinte anos, o número de mortes anuais por câncer irá quase que duplicar, com mais de 60% dos casos novos e mortes ocorrendo nos países menos desenvolvidos economicamente. Em todo o mundo, a maioria dos indivíduos diagnosticados com câncer apresenta doença avançada e incurável no momento do diagnóstico. Das 56 milhões de mortes que ocorrem anualmente no mundo, 85% são nos países menos desenvolvidos economicamente. Cerca de 10% destas mortes são devidas ao câncer (SILVA, HORTALE, 2006).
           
Terapia Ocupacional em Oncologia
            A prática de Terapia Ocupacional em Oncologia tem como objetivo, como em todas as outras áreas, de levar o indivíduo a atingir suas capacidades funcionais e ocupacionais visando a autonomia e a independência nas suas atividades de vida diária (PALM, 2007, p. 490).
            No estudo de Oliveira et. al. (2003), onde os autores relatam da experiência de intervenção feita em pacientes oncológicos na cidade de São Carlos, eles colocam um tipo de objetivo diferente do citado acima. Na sua intervenção os autores colocam:

Propôs criar situações onde fosse possível significar o fazer cotidiano e minimizar os possíveis desajustes. Buscamos oferecer a possibilidade de fazer contato consigo mesmo, de expressar sentimentos que permitissem descobrir mais sobre si mesmo, seus limites e possibilidades.
Oferecemos ainda a oportunidade de adquirir maior consciência de si mesmo e de descobrir novos interesses e valores especialmente nestes momentos em que o eu está drasticamente fragmentado pelo processo da doença (OLIVEIRA et. al., 2003, p. 120).
  
Esta intervenção pode ocorrer em qualquer fase do tratamento e as avaliações devem englobar os aspectos físicos, psicológicos e sociais, pois todos estes componentes de desempenho podem estar afetados.
Na avaliação é importante levantar dados a respeito da realidade social do indivíduo; o conceito de saúde e doença; idade e sexo; variáveis psicológicas e situação; relação familiar; condições clínicas; significado da doença para cada pessoa em particular; precedentes educacionais; étnicos; religiosos e sociais. Esse levantamento de dados auxiliará na determinação da necessidade de intervenção ou não; dos dados para a elucidação e o esclarecimento do diagnostico; as precauções e/ou contra-indicações; o potencial qualitativo de vida; os objetivos do projeto terapêutico/ plano de tratamento; as especificidades da orientação familiar e manutenção ou necessidade de mudança dos objetivos de tratamento (PALM, 2007, p. 490).
   Como objetivos da intervenção temos dois tipos: os objetivos gerais e os objetivos específicos. Os objetivos gerais abrangem: intervenção no ambiente hospitalar, ambulatorial e domiciliar de modo a melhorar a qualidade de vida nesse período e durante todo o tratamento; proporcionar ao paciente condições para expressar seus temores e percepções, suas condições reais e projeto de vida; identificar, manter ou desenvolver gradativamente a capacidade funcional; favorecer os interesses normais, os contatos sociais, e valorizar as potencialidades do paciente.
Os objetivos específicos abrangem: valorizar as perspectivas e as necessidade funcionais do paciente; conscientizar o paciente sobre suas possibilidades e condições para a realização das atividades de vida diária; incentivar a integração e a ajuda da família no processo terapêutico; proporcionar oportunidades para que o paciente possa resolver por si mesmo problemas e situações presentes ou inusitadas; prevenção da incapacidade e/ou apoio aos vários níveis de recuperação ou modificação; orientar o paciente e a família sobre princípios de conservação de energia, simplificação de tarefas e mecanismos de proteção articular, favorecendo o desempenho das atividades cotidianas, de trabalho e de lazer (PALM, 2007, p. 490).

Para a seleção e/ou indicação de atividades no processo terapêutico, é primordial considerar: as reais necessidades do individuo, história ocupacional, relação que ele estabelece com as suas próprias atividades e precauções e/ou contra-indicações (PALM, 2007, p. 490).  
        
Cuidados Paliativos
            Aprender a lidar com as perdas num contexto de uma doença crônica como o câncer é um desafio que poucos se propõem a discutir, e muito menos a enfrentar. Ajudar indivíduos com doenças avançadas e potencialmente fatais (doenças terminais) e seus familiares num dos momentos mais cruciais de suas vidas é uma atividade ou um modelo de atenção à saúde que vem sendo denominado “cuidados paliativos” (SILVA, HORTALE, 2006).
O cuidado, segundo Boff (apud SILVA, HORTALE, 2006), possui muitas repercussões, conceitos afins que emergem do cuidado e o traduzem em atitudes e ações. Uma dessas repercussões é a compaixão. Trata-se da capacidade do ser humano de compartilhar o sofrimento (ou alegrias) do outro, construindo a vida em sinergia com este. Não é passiva e nem representa um sentimento de piedade. Como salienta Caponi (apud SILVA, HORTALE, 2006), a motivação para a compaixão com a pessoa que sofre pode ser resultado de um sentimento de que algo semelhante pode acontecer a qualquer um (solidariedade genuína), de outra forma, pode também ser motivada por um sentimento de piedade pelos que sofrem ou pelo simples fato de pensar que socorrer os infortunados contribui para o bem comum.
            O cuidado paliativo é reconhecido como uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos indivíduos e familiares na presença de doenças terminais. É caracterizado pelo controle dos sofrimentos físico, emocional, espiritual e social, que são aspectos essenciais e orientadores do cuidado. Pode ser oferecido em instituições de saúde bem como na própria residência, para indivíduos com doença terminal (desde seu diagnóstico até o momento da morte) e aos seus familiares (durante o curso da doença e em programas de enlutamento) (SILVA, HORTALE, 2006).
            Os cuidados paliativos podem e devem ser oferecidos o mais cedo possível no curso de qualquer doença crônica potencialmente fatal, para que esta não se torne difícil de tratar nos últimos dias de vida. A mais recente definição da OMS estabelece que “cuidados paliativos é uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes e seus familiares frente a problemas associados à doença terminal, através da prevenção e alívio do sofrimento, identificando, avaliando e tratando a dor e outros problemas, físicos, psicossociais e espirituais” (SILVA, HORTALE, 2006).
            À medida que a doença progride, maior é a necessidade de cuidados paliativos, o que os torna quase que exclusivos ao final da vida, porém, não terminando com a morte do indivíduo com câncer. Como o sofrimento de um indivíduo pode se apresentar sob diversas dimensões (físico, psicológico, espiritual, social, econômico), assim também devem ser as dimensões do cuidado aos indivíduos sob cuidados paliativos (SILVA, HORTALE, 2006).
            Em síntese, cuidados paliativos afirma seis princípios: valoriza a vida e considera a morte como um processo natural; nem abrevia nem prolonga a vida; provê o alívio da dor e outros sintomas; integra os aspectos psicológicos e espirituais dos cuidados, permitindo oportunidades para o crescimento; oferece uma equipe interdisciplinar e um sistema de suporte para a família durante a doença do indivíduo e no período de enlutamento (SILVA, HORTALE, 2006).
            Quando não inseridos em uma instituição hospitalar, os programas de cuidados paliativos podem estar inseridos em asilos, casas de repouso, moradias assistidas, hospices, clínicas e no domicílio (home care).
            Paliar é uma dimensão crítica dos cuidados em saúde e todos os profissionais de saúde deveriam saber quando os cuidados paliativos são necessários. Quando qualquer indivíduo se aproxima dos últimos momentos de uma condição de saúde debilitante, a necessidade de cuidados paliativos aumenta. Neste momento (e após o óbito), assegurar este tipo de atenção propicia um cuidado de qualidade não importando se oferecido em uma instituição de saúde ou na residência do indivíduo (SILVA, HORTALE, 2006).
            De acordo com Silva e Hortale (2006) os modelos de programas de cuidados paliativos e sua inserção no sistema de saúde podem se dar das seguintes formas: (1) consultoria – consiste de avaliações de médico, enfermeiro e/ou assistente social, geralmente em um hospital, clínica, hospice, asilo ou em domicílio (home care); (2) unidade para pacientes internos – geralmente localizada num hospital, hospice ou asilo; (3) consultoria e unidade para pacientes internos – geralmente localizado em um hospital, hospice ou asilo; (4) unidade para pacientes externos e consultoria – geralmente localizada em um hospital, hospice ou clínica (com/sem home care); (5) unidade para pacientes externos e internos e consultoria – geralmente localizado em um hospital ou hospice (com/sem home care).
            Não existe um modelo ideal, a escolha de um ou mais modelos é definida pelas necessidades da população, dos provedores (públicos ou privados) e dos serviços de saúde. Os programas de cuidados paliativos, independente de estarem inseridos em unidades hospitalares ou não, deveriam seguir certas diretrizes que possibilitariam alcançar os objetivos de aliviar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida dos indivíduos com doença avançada e seus familiares. Estas diretrizes podem ser agrupadas em seis domínios: físico, psicológico, social, espiritual, cultural e estrutural (SILVA, HORTALE, 2006).
            Domínio físico: avaliação interdisciplinar do indivíduo e sua família; cuidados centrados nele e em sua família (respeito aos seus desejos); controle dos sintomas baseado em evidências; adequação do ambiente onde o cuidado é realizado.
            Domínio psicológico: avaliar o impacto da doença terminal no indivíduo e familiares; estabelecer um programa de enlutamento; estabelecer um programa de cuidados do staff clínico.
            Domínio social: avaliar as necessidades sociais do indivíduo e sua família; estabelecer uma abordagem individualizada e integrada; manter a comunidade alerta sobre a importância dos cuidados paliativos; incluir a proposta de cuidados paliativos na formulação de políticas sociais e de saúde.
            Domínio espiritual: as crenças religiosas devem ser reconhecidas e respeitadas; suporte espiritual e religioso para indivíduos e familiares.
            Domínio cultural: o serviço de cuidados paliativos deve atender às necessidades culturais dos indivíduos e familiares; deve refletir a diversidade cultural da comunidade a qual serve; programas educacionais devem ser oferecidos aos profissionais para que atendam a esta diversidade cultural.
            Domínio estrutural: equipe interdisciplinar (serviços médicos, de enfermagem e auxiliares); incorporar voluntários; treinamento especializado em cuidados paliativos para a equipe interdisciplinar; incorporar atividades de melhoria da qualidade dos serviços e de pesquisa clínica e de processos gerenciais.
Em geral, a maior parte do tempo do último ano da vida dos indivíduos é passada em casa, muito embora 90% deles passem algum tempo em um hospital e 55% das mortes ocorram neste local 22. As obrigações e recompensas de cuidar de pessoas no seu último ano de vida são compartilhadas pelos cuidadores informais (parentes, amigos e vizinhos) e formais profissionais (de saúde) 22. Cerca de 75% das pessoas recebem cuidados em casa por meio de cuidadores informais, sendo que a maioria deles é de mulheres. Em vários programas de cuidados paliativos no Brasil e no mundo são utilizados cuidados domiciliares como estratégia de oferecer cuidados humanizados. A delicada relação entre o cuidador e o indivíduo ao final da vida permite inferir que a humanização, muitas vezes, está longe de acontecer. “Não é necessariamente o local que humaniza a relação terapêutica, mas, sim, o interesse empático que o profissional desenvolve pelo paciente” (FLORIANI, SCHRAMM apud SILVA, HORTALE, 2006).
Vários profissionais de saúde (cuidadores formais) estão envolvidos com os cuidados ao indivíduo no final da vida e em diferentes locais (hospitais, ambulatórios, asilos e residências). As atividades assistenciais levam a diversas formas de estresse, como a Síndrome de Burnout (Esgotamento Emocional), mas também proporcionam momentos de satisfação. Manter e aprimorar a saúde mental dos trabalhadores é essencial para os próprios profissionais de saúde, bem como para a qualidade dos cuidados oferecidos aos indivíduos.
Os cuidadores informais necessitam de informação e orientação sobre a doença do indivíduo e como cuidá-lo, além de suporte psicológico e social (Ramirez et. al. apud SILVA, HORTALE, 2006). Estar bem informado sobre a doença do indivíduo parece diminuir a ansiedade referente a medos improváveis e irreais. Como a grande maioria dos cuidadores informais não possui treinamento em enfermagem, beneficiam-se de instruções práticas, tais como administrar remédios, mudança de posição no leito, entre outros. É alta a prevalência de sintomas como ansiedade e depressão, como também distúrbios do sono e perda de peso.
Quanto aos cuidados realizados por um cuidador informal, dois aspectos devem ser salientados: as condições necessárias à manutenção dos cuidados na residência e as condições que realmente a família dispõe para ser responsabilizada pelo mesmo. Sabe-se que os gastos familiares com os indivíduos ao final da vida são crescentes e, muitas vezes, o cuidador também é o provedor (ou um dos provedores) dos recursos financeiros (CALDAS apud SILVA, HORTALE, 2006). Outros fatores como o baixo nível de renda, baixa escolaridade, carência de serviços públicos e de saneamento básico são indicadores da precariedade das condições e qualidade de vida, e apontam para dificuldades no cuidado desses indivíduos na comunidade.

Referências Bibliográficas
OLIVEIRA, A. S.; SILVA, A. A.; ALBUQUERQUE, I.; AKASHI, L. T. Reflexões sobre a prática de terapia ocupacional em oncologia na cidade de São Carlos. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, V. 11, N. 2, 2003.
PALM, R. C. M. Oncologia. In: CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: Fundamentação e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
REIRIZ, A. B.; SCATOLA, R. P.; BUFFON, V. R.; MOTTER, C.; SANTOS, D.; FAY, A. S.; CERON, J.; KNOB, C.; SILVA, F. F.; CUSIN, T.; MEIRA, M. F.; DALCIN, L. Cuidados Paliativos, a Terceira Via entre a Eutanásia e Distanásia: Ortotanásia. Prática Hospitalar. Caxias do Sul, Ano VIII, nº 48, nov-dez, 2006.
SILVA, R. C. F.; HORTALE, V. A. Cuidados paliativos oncológicos: elementos para o debate de diretrizes nesta área. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro, 22(10), out. 2006.

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

Terapia Ocupacional na Inclusão Escolar







A AÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL NA INCLUSÃO ESCOLAR:
Terapia Ocupacional, Tecnologia Assistiva, Consultoria Colaborativa.

Introdução
            A preocupação com a educação dos portadores de deficiência se iniciou na década de 30 com o pensamento de acabar com as desigualdades, diminuindo as diferenças para uma educação mais qualificada. A partir desse marco inicial foram-se implementando vários métodos para mudar a forma de educação até que, nas décadas de 60/70, as modificações vão ganhando destaque, pois nessa época há a democratização da sociedade e da educação, e as pessoas portadoras de deficiência começam a lutar pela efetivação de seus direitos; isto faz com que surja um processo educativo acessível a todos.
            No final da década de 60 surge a ideia de integração dos portadores de deficiência. Isto aconteceu quando o movimento começou a procurar inserir as pessoas portadoras de deficiência nos sistemas sociais gerais como a educação, o trabalho, a família e o lazer (SASSAKI apud PLOTEGHER; EL-KHATIB, 2010). Até este movimento aparecer, a trajetória do deficiente na sociedade foi marcada por dois momentos: a exclusão total e a segregação, período em que ocorreu o aparecimento de instituições que acolhiam os portadores de deficiência, os tirando do meio social.
            A fase da integração é marcada pelo surgimento de classes especiais dentro das escolas comuns. Ela é caracterizada pelo esforço de inserir na sociedade pessoas com deficiência “que alcançaram um nível de competência compatível com os padrões sociais vigentes”. Ela tem a capacidade de inserir o portador de deficiência na sociedade, mas desde que este esteja capacitado a superar “as barreiras físicas, programáticas e atitudinais nela existentes.” (SASSAKI apud PLOTEGHER; EL-KHATIB, 2010).
            A integração não exige mudanças da sociedade. Nesse modelo a sociedade permanece praticamente de braços cruzados e recebe esses portadores de deficiência inseridos. Ela pressupõe que os portadores de deficiência devem “mudar” e se adequar aos sistemas de ensino e à sociedade, o que implica em um esforço unilateral dessas pessoas excluídas para fazerem parte da sociedade.

A integração tinha como pressuposto que o problema residia nas características das crianças excepcionais, na medida em que centrava toda a sua argumentação na perspectiva da detecção mais precisa dessas características e no estabelecimento de critérios baseados nessa detecção para incorporação ou não pelo ensino regular, expresso pela afirmação “sempre que suas condições pessoais permitirem”. (MOREJÓN apud PLOTEGHER; EL-KHATIB, 2010)   

            O movimento de inclusão das pessoas portadoras de deficiência começou no início dos anos 90 quando foi realizado uma Conferência em Jomtien, na Tailândia, onde os países se comprometeram a organizar políticas educativas que proporcionasse o acesso à educação de todos, inclusive os portadores de deficiência. Mas as metas estabelecidas pela Conferência não foram atingidas.
            Com o fracasso da primeira Conferência, foi realizada, no ano de 1994, a Conferência Mundial sobre Necessidades Especiais: acesso e qualidade, na cidade de Salamanca (Espanha), que foi considerada um marco histórico e muito significativo nessa jornada. A Declaração de Salamanca teve muita importância no fato de lembrar aos governos que as crianças deficientes devem ser incluídas, que elas devem ser vistas como parte de um amplo grupo de crianças e que seu direito à educação lhe estava sendo negado, e esclareceu questões sobre a inclusão escolar desses deficientes (MAKHOUL apud PLOTEGHER, EL-KHATIB, 2010). Esse marco resultou no compromisso dos noventa e dois países e vinte e cinco organizações em prol da Educação para Todos, onde todos reconheceram a necessidade e a urgência de garantir a educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades educativas especiais no quadro do sistema regular de educação (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA apud PLOTEGHER; EL-KHATIB, 2010).
            No Brasil, a Legislação que defende a inclusão de crianças portadoras de deficiência em escolas regulares de ensino iniciou a fundamentação das leis com a Constituição de 1988, que prevê, em seu Artigo 208, que é dever do Estado fornecer “o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino” (MOREJÓN apud PLOTEGHER, EL-KHATIB, 2010).
            Em 1989, dispondo da Lei nº 7.853, também afirma os direitos das pessoas com deficiência, entre eles o referente à educação deliberando sobre as obrigações do Poder Público:

Art. 2º Ao poder público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, ao trabalho, ao lazer, à previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros, que decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico. (POLIA apud PLOTEGHER, EL-KHATIB, 2010)

            No ano de 1990 é reconhecido, através do Estatuto da Criança e do Adolescente, no seu Capítulo IV – Do Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer, Artigo 54, que “é dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente: Inciso III – Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino” (MOREJÓN apud PLOTEGHER, EL-KHATIB, 2010). Essas e muitas outras legislações, juntamente com a Declaração de Salamanca, formam a base legislativa da inclusão escolar no Brasil.
            Em termos de conceito, a inclusão social é caracterizada como um processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir pessoas portadoras de necessidades especiais e, ao mesmo tempo, estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. Portanto, a inclusão se constitui em “um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos.” (SASSAKI apud PLOTEGHER, EL-KHATIB, 2010).
            É preciso que a sociedade se modifique a partir do entendimento de que ela é que precisa ser capaz de atender às necessidades de seus membros. Esta é chamada a ver que ela cria as barreiras para os problemas das pessoas portadoras de necessidades especiais, causando sentimentos de incapacidade no desempenho dos papéis sociais desses indivíduos.

Terapia Ocupacional no âmbito da Escola
            A terapia ocupacional:

É um campo de conhecimento e de intervenção em saúde, educação e na esfera social, reunindo tecnologias orientadas para a emancipação e autonomia das pessoas que por razões ligadas a problemática específica, físicas, sensoriais, mentais, psicológicas e/ou sociais, apresentam, temporariamente ou definitivamente, dificuldade de inserção e participação na vida social. As intervenções em Terapia Ocupacional dimensionam-se pelo uso da atividade, elemento centralizador e orientador, na construção complexa e contextualizada do processo terapêutico. (WFOT apud SOARES, 2007).

            Neste caminho de raciocínio, de que a terapia ocupacional trabalha com o fazer humano com o objetivo de reinserção social, como podemos analisar a prática do terapeuta na inclusão de alunos portadores de deficiência nas escolas regulares?  
            Em Rocha (et. al., 2003), os autores colocam que a ação da terapia ocupacional não é clínica, nem voltada a aspectos específicos do aluno portador de deficiência, tampouco direcionada a atitudes corretas ou questões pedagógicas. Trata-se de um trabalho a ser desenvolvido com a comunidade escolar cuja finalidade é “a facilitação do aparecimento das dificuldades, dos sentimentos, das emoções que permeiam o relacionamento com a proposta de inclusão”. Direcionando este trabalho para a redefinição de um novo sentido para a deficiência e a inclusão escolar.
            As estratégias a serem seguidas, de acordo com os autores, são as utilizadas para que o diálogo a respeito da inclusão aconteça. “O rompimento dos medos e a superação das dificuldades relacionais e de dificuldades de atividades no cotidiano podem se dar através de ações específicas” (ROCHA et. al., 2003). Estas ações específicas visam instrumentalizar o aluno portador de deficiência para que ele possa se comunicar e expressar suas necessidades e sentimentos para que enfim a inclusão possa ser discutida e trabalhada. Visam também propor a desmonte dos empecilhos aparentes da inclusão escolar, enfrentamento das dificuldades implícitas no processo, através de atividades no coletivo e no individual, com educadores e alunos, visando constituir bons encontros, capazes de fortalecer a todos nas atividades desenvolvidas.
            Outras estratégias que os autores colocam é a intervenção nas adequações ambientais, nos equipamentos e mobiliários; na eliminação de barreiras arquitetônicas, como exemplo, a introdução de rampas, elevadores, barras de apoio, parque e pátios acessíveis, brinquedos adaptados; uso da tecnologia assistiva para as diferentes necessidades advindas das incapacidades dos alunos, e o uso da comunicação alternativa (ROCHA et. al., 2003).
            Em Carlo e Bartalotti (2001), as autoras colocam que é necessário o estudo do desenvolvimento infantil para a prática da Terapia Ocupacional nas escolas, mas que apenas isso não é o suficiente. O profissional precisa também conhecer como se estrutura o sistema educacional e o processo de ensino-aprendizagem relacionado ao desenvolvimento infantil. A ação do terapeuta visa instrumentalizar o aluno e a escola para que ocorra uma ação pedagógica mais efetiva.
            Essa imersão no contexto escolar requer solidificar a contribuição transformadora das práticas da terapia ocupacional na visão inclusivista. Esta contribuição se considera que não basta atuar no indivíduo, ou seja, no aluno portador de deficiência, mas é preciso sim transformar a sociedade e cultura que este está inserido.
            Em Toyoda (et. al., 2007) as autoras relatam sobre um método de trabalho que os profissionais da saúde podem exercer na inclusão escolar de crianças portadoras de deficiência: a consultoria colaborativa. Esta é definida como um “processo interativo que habilita grupos de pessoas com habilidades diversas para gerar soluções criativas para problemas mutuamente definidos. Os resultados levam a uma melhora e à alterações das soluções iniciais que cada membro do grupo tende a produzir de modo independente” (IDOL, NEVIN e PAOLUCCI-WHITCOMB apud TOYODA et. al., 2007).
            A consultoria colaborativa é um processo caracterizado pela ajuda ou processo de resolução de problemas. Possui três pessoas sujeitas da ação: uma que recebe a ajuda (professor ou familiar), alguém que dá a ajuda (um profissional especialista) e que têm a responsabilidade pelo bem estar de uma terceira pessoa (o aluno). É uma relação voluntária, onde tanto quem dá a ajuda quanto quem recebe compartilham a solução do problema.

Tecnologia Assistiva
            Tecnologia Assistiva é uma área do conhecimento, de característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estratégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade reduzida, visando sua autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social (Site: Assistiva.com.br).
            A terapia ocupacional usa da tecnologia assistiva exatamente para proporcionar funcionalidade e independência. Nas escolas as estratégias mais usadas são de proporcionar autonomia nos trabalhos manuais (escrita, desenho), adaptações a brinquedos e materiais, comunicação alternativa, acesso ao uso dos computadores, mobiliários e adaptações para atividades de vida diária que o aluno realiza na escola (ir ao banheiro, comer, beber água, etc.).

Considerações finais
            Vimos neste estudo que a prática profissional da terapia ocupacional no campo da inclusão é de extrema importância para a melhoria na prática pedagógica para as crianças portadoras de deficiência incluídas na rede regular de ensino. Com sua ajuda é possível fazer com que estas crianças sejam ouvidas e se compreenda as suas necessidades, para assim poder trabalhá-las para uma maior funcionalidade do aluno dentro da sala de aula; é possível fazer com que os professores tenham mais segurança e independência para seguir com a educação destas crianças deficientes; e que as famílias dessas crianças saibam como colaborar, cobrar e que todos possam presenciar que a inclusão é possível.  

Referências
ASSISTIVA tecnologia e educação. Disponível em: <www.assistiva.com.br>. Acessado em: 21 abr. 2011.
CARLO, M. M. R.; BARTALOTTI, C. C. Terapia ocupacional e os processos socioeducacionais. In: Terapia Ocupacional no Brasil: fundamentos e perspectivas. São Paulo: Editora Plexus, 2001.
PLOTEGHER, C. B.; EL-KHATIB, U. Inclusão Escolar: ilusão ou realidade? Revista Âmbito Jurídico, Revista Jurídica Eletrônica Nº 82 - Ano XIII - NOVEMBRO/2010 - ISSN-1518-0360, disponível em: http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=8394.
ROCHA, E. F.; LUIZ, A.; ZULIAN, M. A. R. Reflexões sobre as possíveis contribuições da terapia ocupacional nos processos de inclusão escolar. Rev. Ter. Ocup. Univ. São Paulo, v. 14, n. 2, maio-ago, 2003.  
SOARES, L. B. T. História da Terapia Ocupacional. In: CAVALCANTI, A.; GALVÃO, C. Terapia Ocupacional: Fundamentação e Prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2007.
TOYODA, C. Y.; MENDES, E. G.; LOURENÇO, G. F.; AKASHI, L. T. O contexto multidisciplinar na prática da terapia ocupacional frente ao paradigma da inclusão escolar. Cadernos de Terapia Ocupacional da UFSCar, São Carlos, v. 15, n. 2, jul-dez 2007, p. 121-130.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Concursos com inscrições abertas!!!

Olá pessoal, estou postando aqui sites de concursos na área de TO que estão com inscrições abertas! Se alguém se interessar entrem para ver o edital.

Beijos
Carolina B. Plotegher

Concursos

Prefeitura de Indaiatuba
Iscrições até dia 20/04 - Taxa de R$ 62,00
Site: http://www.omegaitu.com.br/

Prefeitura de São Carlos
Inscrições até dia 03/05 - Taxa de R$ 70,00
Site: www.vunesp.com.br

Prefeitura de Boituva
Inscrições até dia 24/04 - Taxa de R$ 40,00
Site: www.grifon.com.br 

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Atuação de fisioterapauta e terapeuta ocupacional em UTIs - Revista CrefitoSP

Na revista do Crefito 3 - Estado de São Paulo - foi publicada uma reportagem com título "Tum, tum bate coração", de autoria Francine Altheman, que fala da especialidade da Fisioterapia Cardiorespiratória. Ao final da reportagem é colocado um pequeno quadro que fala sobre a atuação de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais nas UTIs dos hospitais. Logo abaixo o pequeno texto sobre o tema na íntegra:

Atuação de fisioterapeuta e terapeuta ocupacional em UTIs - Francine Altheman

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) instituiu a Resolução número 7, de 24 de fevereiro de 2010, que dispõe sobre os requisitos mínimos para o funcionamento de UTIs. A partir da resolução, a presença do terapeuta ocupacional é obrigatória e a carga horária dos fisioterapeutas passa a ser de 18 horas diárias de cobertura.
Para a Assobrafir (Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva), a multiplicidade de intervenções na Terapia Intensiva, cada uma com diferentes potenciais de riscos, benefícios e custos, fez com que esses profissionais se tornassem fundamentais no atendimento em UTIs. "O fisioterapeuta especialista em Terapia Intensiva é um profissional ativo e participativo na tomada de decisões e de cuidados ao paciente crítico. Ele reduz os riscos e agrega a qualidade ao atendimento com resolutividade, efetividade e corresponsabilidade, o que exige que esse profissional seja um especialista com formação específica", completa Dra. Sara (Presidente da Assobrafir).
Na prática, pesquisas já demonstraram que a presença de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais 24 horas por dia nas UTIs reduz em 40% o período de internação. Em 2008, no Hospital das Clínicas (São Paulo), uma equipe de fisioterapeutas constatou, ao observar 500 pacientes de uma UTI durante seis meses, que o período de internação caiu de 10 para seis dias quando houve o aumento da oferta de fisioterapia de 12 para 24 horas. Um dos principais benefícios demonstrados foi a diminuição do número de pacientes que estavam sob ventilação mecânica. Estudos mostram que os riscos de complicação, com uma única reintubação, aumentam para 50%.

Referência: ALTHEMAN, F. Tum, tum bate coração (Fisioterapia Cardiorrespiratória). Revista CrefitoSP. São Paulo, abr/2011.

Revista Crefitosp - Abril de 2011

A Revista do Crefito 3 - Região de São Paulo - nos trouxe neste mês a CAMPANHA PELA VALORIZAÇÃO DA FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL. Com o tema "Fisioterapia e Terapia Ocupacional - Exija esse direito!" o Crefito vai às ruas na defesa da inclusão de serviços de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais nas equipes de saúde, garantindo a cobertura destes serviços nos planos de saúde e no SUS.
A Campanha vem acontecendo desde o ano passado através de todos os meios de comunicação. Em 2011 a campanha continua. Entre no site do Crefito-SP, veja o folder e o conteúdo do DVD da campanha e distribua este material para seus pacientes, amigos, vizinhos, familiares. Exija este direito!

Site: www.crefito.com.br/imp/exija.html

Abraços
Carolina B. Plotegher

Referência: Virada da saúde nas ruas. Revista CrefitoSP. São Paulo, abr/2011. 

domingo, 10 de abril de 2011

Reportagem sobre TO na Folha Online

Essa reportagem é importante para divulgarmos que a profissão Terapia Ocupacional está crescendo e para que as pessoas saibam distinguir os fazeres do TO, do psicólogo e do fisioterapeuta. É curta, mas muito bem explicativa.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u591673.shtml

Beijos
Carolina B. Plotegher
Terapeuta Ocupacional
Crefito 3/3853 LTTO

terça-feira, 29 de março de 2011

Isso nós conquistamos!!!

"Após as deliberações sobre o assunto, foi aprovada pela maioria absoluta presente, que a Fisioterapia deve se retirar desta atuação, de competência exclusiva da Terapia Ocupacional" - Cada profissão tem sua característica, sua função, sua importância na sociedade. A Tecnologia Assistiva, Treino funcional de ABVDs e AIVDs é da TERAPIA OCUPACIONAL!

Desculpem amigos Fisioterapeutas, mas nós TOs não podemos deixar de comemorar!! UUUHHHUUUUUU...

domingo, 6 de março de 2011

O que é Terapia Ocupacional?

A Terapia Ocupacional (TO) é uma profissão da área da Saúde com atenção dirigida para as atividades humanas. O princípio que rege a profissão é o de que vida é atividade. A TO reconhece que saúde significa não somente ausência de doença, mas também o bem-estar biológico, psicológico e social.
Os serviços de TO são necessários quando existe disfunção ou risco de disfunção ocupacional em qualquer fase da vida da pessoa. Em TO, a ocupação abrange atividades de autocuidado, produtivas (tais como trabalho, atividades escolares) e de lazer. As causas dessa disfunção geralmente combinam fatores pessoais e ambientais.
Os serviços são indicados para melhorar o desempenho funcional da pessoa, prevenir incapacidade e atraso de desenvolvimento. O uso de atividades no tratamento e as adaptações do meio são ferramentas legítimas e diferenciais dos terapeutas ocupacionais. Contudo, esses profissionais também podem conduzir seus atendimentos por meio de métodos e técnicas que não incluam o uso permanente de atividades.
O propósito da TO é a autonomia e a independência do indivíduo para a sua participação social nos moldes desejáveis. Os terapeutas ocupacionais utilizam métodos e técnicas que recuperam ao máximo a independência do paciente. Eles podem atuar em diferentes especialidades médicas, como neurologia, ortopedia, psiquiatria, geriatria, dentre outras. Seus préstimos são necessários em situações de hospitalização por diferentes causas e diante de enfermidades crônicas que exijam atenção nos domínios das habilidades motoras, cognitivas e emocionais.
Atendimentos domiciliares, no ambiente escolar e de trabalho também são realizados pelos terapeutas ocupacionais. Destaca-se também a importância do trabalho desse profissional na humanização do ambiente hospitalar e no campo da saúde do trabalhador. O uso de atividades propositivas, a adaptação de utensílios e de mobiliário, as mudanças nas demandas ambientais, as prescrições e o treinamento para o uso de órteses são exemplos de recursos utilizados por terapeutas ocupacionais.

FONTE: http://www.vunesp.com.br/guia2007/terocup.html

Apresentação ...


Caros(as) amigos(as) terapeutas ocupacionais, este blog tem como finalidade publicar assuntos a respeito de nossa profissão como veículo de informação sobre livros, artigos, práticas, entre outras coisas. Espero que seja útil a todos(as) ...
Beijos
Carolina B. Plotegher
Terapeuta Ocupacional